Está tudo louco?
Avaliar docentes pelo desempenho de alunos e opiniões de pais não basta? Avaliar médicos mediante o seu desempenho é algo virtualmente impossível... Senão repare-se: produtividade por definição é algo quantificável, ou seja, precisa de ser medida com variáveis numéricas quantificáveis e fechadas..
Então um médico cujo especialidade seja oncologia está tramado porque os seus doentes terminais irão minar a sua produtividade, do ponto de vista do poder instalado, apesar de ser uma profissão altamente ingrata, dura e merecedora de honrarias...? Ou ganham pontos por meses de vida extra? Ou será uma avaliação mediante inquérito aos doentes?
Só veria tal coisa a funcionar se os avaliadores fossem os próprios médicos, e isso não deixa de ser um caso bicudo (ai os tachos....)..
2 comentários:
Vamos lá ver uma coisa... ou duas, pronto.
Uma coisa é as avaliações terem contornos pouco definidos ou mal definidos, e processos pouco aceitáveis.
Outra coisa é a necessidade de serem feitas... e essa necessidade infelizmente existe - se as coisas funcionassem e ninguém tivesse um dedo a apontar a estes profissionais de elevada importância, não seriam precisas avaliações...
Mas vejamos: temos professores pouco ou nada preocupados com a aprendizagem (ou falta dela) dos alunos, e médicos pouco ou nada preocupados com a saúde (ou falta dela) dos pacientes.
Exemplos daria, mas ocupam demasiado espaço, como os tachos...
Será mesmo tão abominável assim forçar o profissionalismo que deles devia ser indissociável através de avaliação..?
Não será mais PRODUTIVO premiar o bom profissionalismo (jovem ou não) e deixar de lado a negligência CONTRAPRODUCENTE derivada dos tachos e das antiguidades que neste país são posto..?
Não sei muito a respeito das avaliações feitas a médicos e penso que a avaliação dos professores tem que ser muito bem pensada, mas tem que ser feita. O futuro do nosso país passa pela educação. Contra mim falo, pois vou passar toda a minha vida a ser avaliada. Mas quem é realmente bom na sua área nada tem a temer. Os que não o são: querem que estes melhorem, para bem dos alunos, ou querem que continuem a deixar a imagem da educação do nosso país assim? a Educação deveria ser o orgulho do nosso país. Os professoram têm que discutir conteúdos, modelos e não se vão ter que ficar mais uma ou menos uma hora...
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